quarta-feira, 9 de julho de 2008

UMA CASA PARA A FAMILIA SENTIMENTO !

Quando o Amor casou com a Agonia, todos disseram: isso não vai acabar bem! Não há como vir frutos dessa união! Isso não vai dar certo, não vai dar certo! Errado! Estavam todos errados! O Amor e a Agonia tiveram vários herdeiros: A Felicidade, a Esperança, o Medo, a Coragem, a Bondade, o Orgulho, a Humildade, a Ingratidão. Muitos foram os descendentes surgidos desse poderoso casal. Mas tão imensa família padecia de um grave problema. Eles não tinham onde morar. Vagavam pelo mundo. Andavam de lá para cá como ciganos, sem lugar fixo, sem lar garantido. Já cansados com aquela situação, o Amor e a Agonia decidiram pedir a opinião de seus filhos: afinal, qual era o lugar ideal para que morassem? A Coragem logo se manifestou: 'Temos que fixar morada em um canto colorido pela bravura, num endereço onde sempre surja a valentia... Um local iluminado pela força e pelo destemor'. O Medo, ao seu tempo, opinou: 'Eu já acho que precisa ser um local em que todos nós, os sentimentos, nos sintamos protegidos. Um local que abrigue a tranqüilidade, a paz de espírito. Um lugar que jamais possa ser atingido pelos ventos da maldade'. A Ingratidão, de mãos dadas à Ironia, quis também dar sua sugestão: 'Há de ser uma casa de pedra em certas temporadas. Uma casa impenetrável para quem queira destruí-la. Uma casa que não sofra nenhum abalado diante das tempestades da vida'. A Bondade e o Orgulho começaram a discutir. Dizia ela: 'Tem que ser um lar decorado pela poesia, enfeitado pela música e aquecido pelas cores'. Rebatia ele: 'Nada disso. Tem que ser um lar adornado apenas pelas coisas que ele próprio obtenha. Não há de ser uma casa que precise da misericórdia de ninguém'. E a discussão prosseguia. Cada sentimento dizia sua impressão. Cada sentimento fazia sua indicação. As sugestões eram muitas, muitas, muitas. O Amor e a Agonia sentaram-se ao lado da Confusão e passaram a nada mais entender. Quando o clima já descambava para a balbúrdia, a Esperança ergueu-se e anunciou: 'Eu já sei! Já sei onde vamos morar!...'. Assim, sempre vestida de verde, ela saiu cochichando nos ouvidos de todos. De todos os seus irmãos. De seus pais. E todos sorriram. Todos pararam e passaram a olhar para ti. Sim, para ti que estas lendo essa história nesse exato momento. O Amor pediu a palavra. Ele quer te falar algo... 'Sabes qual o lugar perfeito para todos nós morarmos? O lugar capaz de atender a todas as exigências que todos os sentimentos fazem?... Só há um lugar assim perfeito... O teu coração... Sim, o teu coração, cara pessoa que está lendo... Tu abres as portas do teu coração para nós?... Abres?'. Bem, o fim dessa história está em tuas mãos. Ou no teu peito!!!!...

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