terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Bloco llê Alyê trabalha há 34 anos pela Inclusão social




Salvador - Mais do que um instrumento da expressão cultural afro-brasileira, o bloco Ilê Aiyê se transformou em símbolo de luta e de inclusão social da população negra na capital baiana. Em 34 anos de história, os trabalhos voltados para a comunidade são considerados pelo grupo até mais importantes do que o próprio carnaval.Integrante do bloco que ganhou status de associação cultural, o mestre de banda Mário Pam acompanha a evolução do Ilê Aiyê há 16 anos. Sem esconder o orgulho, o músico enumerou, em entrevista à Agência Brasil, vários dos trabalhos desenvolvidos pela instituição, que tem sede na ladeira da Rua do Curuzu, no bairro da Liberdade. “O carro-chefe do Ile Ayiê atualmente são os projetos sociais. Como exemplo, temos a Escola Mãe Hilda, que existe há mais de 15 anos e oferece aulas da alfabetização, até a quarta série, inteiramente de graça. Além disso, oferecemos aulas de dança, canto, percussão, cidadania, expressão corporal e sexualidade. Temos ainda diversos cursos profissionalizantes para possibilitar a inserção no mercado de trabalho da comunidade na periferia.”Mário Pam disse que o período do carnaval serve sobretudo para viabilizar financeiramente o Ilê. Nessa época, além dos recursos governamentais obtidos, são comercializadas camisetas, fantasias e acessórios com a marca do grupo. “O carnaval e os projetos culturais do Ile Aiyê se tornaram instrumentos para viabilizar os projetos sociais. O carnaval concentra a arrecadação dos recursos, que são absorvidos e destinados diretamente para os projetos sociais.”

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